Qual é o papel da saúde suplementar no Brasil?

22 outubro, 2020

O mercado da saúde no Brasil é dividido entre o setor público e privado. De um lado, temos o SUS (Sistema Único de Saúde), que contempla todos os hospitais públicos, clínicas, laboratórios, unidades de saúde e afins, além de diversos outros serviços, como vigilância sanitária e transplante de órgãos.

Do outro lado, no setor privado, estão as operadoras especializadas em saúde, que possuem a sua operação regulamentada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

De forma geral, as operadoras oferecem planos de saúde de forma suplementar, o que faz com que, mesmo contando com a assistência à saúde de forma privada, o cidadão continue usufruindo do direito de utilização do SUS.

A história da saúde suplementar no Brasil

Embora a atividade tenha surgido da década de 60, marcada pelo crescimento econômico do país e pela expansão do trabalho formal, a saúde suplementar só foi regulamentada no final dos anos 90, com a entrada em vigor da lei 9.656/98, que dispõe sobre os planos de saúde em território nacional.

Já no início dos anos 2000, surgiu a ANS, com o objetivo de regulamentar, criar e implementar normas, além de controlar e fiscalizar as atividades das operadoras de plano de saúde.

Regulamentação do setor

As atividades de saúde suplementar no Brasil são regulamentadas por três órgãos públicos:

  1. ANS Agência Nacional de Saúde Suplementar: responsável por regular o fluxo financeiro e de serviços entre operadoras, beneficiários e prestadores;
  1. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária: responsável pela regulação sanitária e econômica do mercado de compra e venda de insumos hospitalares;
  1. SBDC – Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência: responsável por garantir a competitividade no setor. 

Tamanho do mercado de saúde suplementar no Brasil

Contando com mais de 46 milhões de usuários ativos de plano de saúde em todo o país, o mercado de saúde suplementar está em constante expansão, principalmente através de planos corporativos. 

Considerando que ter acesso a um plano de saúde ao entrar em uma empresa é um dos benefícios mais valorizados pelos trabalhadores, as companhias optam por investir em prol da retenção de talentos e bem estar coletivo no ambiente de trabalho formal.

Por isso, estima-se que cerca de 65% dos beneficiários de saúde suplementar possuem planos coletivos por vínculo empregatício. E é por conta desse número expressivo que as corretoras de seguro concentram boa parte dos seus esforços no atendimento aos clientes corporativos, entendendo suas necessidades e oferecendo as melhores opções de operadoras de saúde para cada tipo de empresa.

Tipos de planos e seguros de saúde

De forma geral, existem cinco tipos de segmentações de planos e seguros: 

  • Ambulatorial: nele, o beneficiário tem direito à cobertura de exames, consultas médicas em clínicas ou consultórios e terapias. Em casos de urgência e emergência, o plano cobre até as primeiras 12 horas de atendimento;
  • Hospitalar: cobre apenas as internações e procedimentos hospitalares;
  • Ambulatorial e Hospitalar: cobertura de exames, consultas e afins, além de procedimentos hospitalares e internações
  • Com ou sem obstetrícia: pode ter ou não cobertura para procedimentos específicos para gestantes;
  • Odontológico: cobertura de tratamentos dentários considerados básicos, como limpeza, tratamento de cáries, remoção de tártaro e limpeza de placas bacterianas, entre outros.
  • Referência: engloba assistência médico-ambulatorial e hospitalar com obstetrícia e acomodação em enfermaria.

As operadoras podem oferecer cada segmentação como um tipo de plano ou combinar as segmentações para customizar um plano e oferecer aos beneficiários, que podem optar pela melhor opção de acordo com suas necessidades.

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